Em 2020, as mortes de George Floyd e Breonna Taylor chamaram a atenção internacional para a violência policial contra pessoas negras. Simultaneamente, a cobertura jornalística de chamadas discriminatórias para o 911 destacou o tipo de perfil racial que leva à criminalização de negros dormindo em um dormitório universitário, observando pássaros no Central Park e simplesmente existindo. Pode não parecer, à primeira vista, que a discriminação contra as religiões africanas esteja diretamente relacionada ao preconceito e à violência anti-negros contemporâneos. Mas nosso projeto assume um ponto de vista diferente.

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Os principais objetivos deste projeto são mostrar como as religiões de matriz africana, especialmente as religiões ancestrais africanas (às vezes chamadas de religiões tradicionais africanas) e o islamismo afro-americano, devem estar no centro de qualquer análise do racismo anti-negro; que o racismo anti-negro não pode ser reduzido ou eliminado se os adeptos de religiões africanas forem ignorados; e que os próprios adeptos de religiões de matriz africana oferecem as abordagens necessárias para prevenir o racismo anti-negro.

Ao trabalhar com e para nossos parceiros comunitários, esperamos obter uma melhor compreensão dos tipos de discriminação que os devotos das religiões de matriz africana e os muçulmanos negros experimentam no século 21 e desenvolver soluções para ajudar a combater essa discriminação. Para esse fim, os participantes do nosso projeto (que foram selecionados de um conjunto robusto de candidatos internacionais) realizarão conversas e eventos no outono de 2022 para documentar, analisar e desenvolver soluções para a discriminação e a violência que eles e suas comunidades enfrentam como praticantes de religiões de matriz africana. Em 2023, os líderes e participantes do projeto se reunirão para um workshop de quatro dias para discutir suas descobertas e identificar como eles podem trabalhar juntos para reduzir a violência contra praticantes e comunidades religiosas de matriz africana. Durante o workshop, os participantes desenvolverão vários objetivos de curto prazo para ajudar a combater a discriminação. Após o workshop, o grupo se organizará em consórcios para implementar esses objetivos.

Nesta fase, os participantes da oficina incluem pessoas do Camdomblé, Lukumi, Hoodoo, Vodu, Islam, Palo Monte, Ifá, Orixá, Ogboni e Egbe. O projeto, que foi financiado pelo generoso apoio da Henry Luce Foundation, nos dará a oportunidade de trabalhar juntos pela solidariedade entre pessoas marcadas por diversas diferenças, como religião, idioma, nacionalidade e classe social, dentre outras. Os seguintes indivíduos são líderes e participantes do projeto que aceitaram que seus nomes fossem divulgados publicamente.